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Foto do escritorDavi Mathielo

Os 5 maiores erros na hora de financiar um imóvel


O sonho da casa própria permeia pelo imaginário do brasileiro a muito tempo, fazendo com que as pessoas movam mundos e fundos para largar o aluguel. No último ano, após os diversos cortes em taxas de juros, houve um aumento expressivo pela busca de imóveis gerando um boom de financiamentos imobiliários.


Apesar de oportuno, o momento pede cautela, tanto para quem deseja adquirir um imóvel, quanto para quem deseja refinanciar, ou realizar uma portabilidade de dívida. E o motivo para isto é simples, somos naturalmente imediatistas e por essa razão podemos deixar de lado a visão do todo que operações como esta geram. Para evitar transformar um sonho em pesadelo, trouxe para você os cinco erros mais cometidos na hora da compra de um imóvel.


1- Falta de planejamento financeiro


Parece básico não é? Mas infelizmente muita gente deixa de lado o planejamento. As vezes a sede de alcançar a casa própria é tanta que a pessoa deixa de lado um ponto tão crucial como este, ou até mesmo prefere fazer as contas de cabeça e acha que tudo está uma maravilha. Erros simples e bobos, mas que geram grandes estragos.


Decidiu que quer financiar um imóvel? Beleza, mas vamos a organização financeira em primeiro lugar. Avalie o quanto você tem de reservas disponíveis para este tipo de aquisição, se é válido esperar mais alguns meses para receber o décimo terceiro, ou aquela promoção que já está combinada. Neste momento o FGTS pode ser uma arma poderosa. Vale avaliar se é o momento certo para entrar no financiamento também, muita gente decide financiar a entrada e acaba dando um tiro no próprio pé.


Um ponto que você deve avaliar cuidadosamente é, faz sentido para você se prender num financiamento por um período de 20 ou 30 anos? O que pode dar errado nesse prazo? Você daria conta de solucionar? Lembre-se, enquanto estiver financiado, o imóvel é do banco, e qualquer deslize pode desencadear problemas sérios como uma penhora do imóvel, por exemplo.


2 - Tudo tem o seu custo


Outro ponto que por vezes é desconsiderado, até mesmo no planejamento, ou então não é totalmente compreendido é a relação de custos no financiamento e aquisição de um imóvel. Entender todos os custos ligados a esta aquisição é uma ação essencial e que deve ser realizada antes da assinatura do contrato de financiamento.


Por isso no papel é importantíssimo, afinal não é só o financiamento que vai pesar no seu bolso, a depender do imóvel pode ser necessário realizar alguma reforma antes da mudança, pode ser que existam cobranças de taxas para moradores, como condomínio ou taxa de marinha por exemplo, fora os custos que você terá que arcar com registro e posse em algum momento, sendo eles ITBI, registro do imóvel e etc.


3 - Cuidado com as parcelas!


Já vi algumas pessoas caindo nesse erro, e ele é bem problemático. Se você não consegue arcar com as parcelas, como vai manter um financiamento?


Aqui vale uma atenção especial para os tipos de parcela que o financiamento oferece, isto porque, além dos contratos tradicionais com parcelas mensais fixas (Price) ou decrescentes (SAC), podem existir parcelas anuais ou parcela balão a fim de reduzir o valor pago mensalmente, tornando os contratos atrativos comercialmente, mas perigosos financeiramente. O problema desses contratos é a falta de planejamento ou até mesmo estrutura financeira que o comprador têm.



Um exemplo clássico, e hipotético, ocorre quando o comprador tem um limite de 1.000 reais, por exemplo, mas a parcela mensal é de 1.500 reais. Para conseguir encaixar no orçamento, é feita uma oferta com parcelas de 1.000 reais, mas com a condição de parcelas anuais ou balão, aonde são cobrados valores maiores, como 5.000 reais todo mês de novembro, ou 30% do valor financiado na última parcela. Inicialmente a ideia parece boa, já que o financiamento é realizado e cabendo no bolso, porém, ao desconsiderar essas parcelas ocasionais você põe em risco seu financiamento, já que num orçamento apertado se torna quase impossível acumular os valores necessários para cobrir o que será cobrado.


4 - Sem reserva, sem negócio


Ela não poderia ficar de fora dessa lista. Se você ainda não formou sua reserva de emergência, ou ainda pior, deseja utilizá-la para cobrir a entrada para um financiamento, volte duas casas e repense suas ações.


Lembre-se, se você está entrando num financiamento, ainda mais num de longo prazo, pode ser que você acabe comprometendo o seu orçamento para garantir um pagamento menor de juros, e por isso, acabará não conseguindo formar uma reserva financeira ao longo do tempo com tanta facilidade.


Imprevistos acontecem a todo tempo e em qualquer lugar, se você não está preparado financeiramente para passar por períodos de turbulência em sua vida, pode ser que você acabe comprometendo esse financiamento que tanto deseja fazer, podendo acabar sem nada ao final. Já pensou após 15 anos pagando um financiamento, uma emergência acontece e você não consegue mais arcar com as parcelas mensais? O que de pior pode acontecer com o imóvel que ainda não é seu? É triste pensar negativamente, mas se você não avaliar os possíveis cenários para um período tão longo de tempo, você pode se expor a situações evitáveis e bem tristes.


5 - Tá com pressa pra quê?


As vezes a pressa é tanta que a pessoa se atropela em tudo e fecha um contrato todo furado e que só vai trazer problemas pra ela. Ponha na sua cabeça o seguinte, na vida, o caminho longo sempre é o mais rápido!


Avaliou todos os pontos anteriores? Tá tudo ok? Agora é hora de buscar um imóvel, e nessa hora a pressa pode por tudo por água abaixo. Avalie com calma os imóveis que lhe são oferecidos, a região que o rodeia, as possibilidade de crescimento dela e o contrato ofertado para compra e venda e financiamento do mesmo. Se algo não estiver de acordo, pule para o próximo se não for possível resolver. Não se deixe levar por emoções, o seu sonho está em jogo, mas por trás existe uma relação comercial.


Lembre-se, se você decidiu por assumir um financiamento tão longo, qualquer erro agora pode ser uma dor de cabeça sua amanhã, por isso vá com cautela e se possível, busque profissionais com renome na área para te assessorar numa decisão acertada. Fora isso, é sempre válido avaliar outras opções menos custosas como investimentos por um período para aquisição à vista, ou até mesmo os consórcios.



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